HORA DE PARTIR

Saudade, vou guardá-la debaixo do colchão,

Quero dar descanso a essa alma tonta e tola!

Fujo de ti durante tempos e tempos. Um tempão

Sem sentir seus abraços, minha doce crioula.

Vão ser vazios os meus dias horríveis eu sei,

Pois tu fazes parte dessa minha jornada.

Peregrino por aí há muito; jamais pensei

Que um dia seria por você tão escravizada.

Saudade! Saudade! Solte o meu braço!

Faça de conta que eu não a conheço.

Nego a você desde agora o meu braço.

Eu sei que é difícil sair sem lhe despedir.

É hora de nos afastarmos. Não a mereço!

Fui má consigo! Adeus me diz: hora de partir...

DIONÉA FRAGOSO

Dionea Fragoso
Enviado por Dionea Fragoso em 29/04/2012
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