HORA DE PARTIR
Saudade, vou guardá-la debaixo do colchão,
Quero dar descanso a essa alma tonta e tola!
Fujo de ti durante tempos e tempos. Um tempão
Sem sentir seus abraços, minha doce crioula.
Vão ser vazios os meus dias horríveis eu sei,
Pois tu fazes parte dessa minha jornada.
Peregrino por aí há muito; jamais pensei
Que um dia seria por você tão escravizada.
Saudade! Saudade! Solte o meu braço!
Faça de conta que eu não a conheço.
Nego a você desde agora o meu braço.
Eu sei que é difícil sair sem lhe despedir.
É hora de nos afastarmos. Não a mereço!
Fui má consigo! Adeus me diz: hora de partir...
DIONÉA FRAGOSO