A IDADE AZUL (SN15)
Quando as tardes de outono findavam
O encontro mais nobre, de infância, se dava
Brisa e sol, suor e cabelos ao vento, o meu avô avistava
À velha casa passo a passo ele, comigo retornava.
Cavalos marinhos, baleias e golfinhos sonhava
No pequeno córrego que da cachoeira se formava
Correndo manso, sinuoso uma canção chorava
O adeus à tarde porque a noite avançava.
Aroma de café passado, da hora
Falava meu avô, me dê a mão e vamos em bora
Porque a estrela a maior de todas, não demora.
Lembrança ferrenha, azul, de um tempo ido
Bela, como outra não há
O calor da sua mão sinto definido e empedernido.
Quando as tardes de outono findavam
O encontro mais nobre, de infância, se dava
Brisa e sol, suor e cabelos ao vento, o meu avô avistava
À velha casa passo a passo ele, comigo retornava.
Cavalos marinhos, baleias e golfinhos sonhava
No pequeno córrego que da cachoeira se formava
Correndo manso, sinuoso uma canção chorava
O adeus à tarde porque a noite avançava.
Aroma de café passado, da hora
Falava meu avô, me dê a mão e vamos em bora
Porque a estrela a maior de todas, não demora.
Lembrança ferrenha, azul, de um tempo ido
Bela, como outra não há
O calor da sua mão sinto definido e empedernido.