A IDADE AZUL (SN15)

Quando as tardes de outono findavam
O encontro mais nobre, de infância, se dava
Brisa e sol, suor e cabelos ao vento, o meu avô avistava
À velha casa passo a passo ele, comigo retornava.

Cavalos marinhos, baleias e golfinhos sonhava
No pequeno córrego que da cachoeira se formava
Correndo manso, sinuoso uma canção chorava
O adeus à tarde porque a noite avançava.

Aroma de café passado, da hora
Falava meu avô, me dê a mão e vamos em bora
Porque a estrela a maior de todas, não demora.

Lembrança ferrenha, azul, de um tempo ido
Bela, como outra não há
O calor da sua mão sinto definido e empedernido.



edidanesi
Enviado por edidanesi em 28/04/2012
Reeditado em 20/08/2012
Código do texto: T3638811
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