O soneto de amor (Soneto II)
"Plena mulher, maçã carnal, lua quente,"
Pablo Neruda
II
Nua, os dois lados, como nós... Sem pejo!
Quer ver a carne, em que me ceva os vultos...
Nos amores carnais. Os alvos cultos
Na minha boca a sua, dá-me o beijo.
Na fenda, os meus prazeres do desejo!
Nos teus seios eu mordo, são incultos!
Que o sabor da altivez, os naus adultos...
Dos doces quartos ao fervor do arpejo.
Meu amor, que me arpejas carnalmente
Eis-me a libido das delícias cultas!
Toque-me, arranha-me o prazer ardente.
Abaixo do teu ventre, minha amante:
"Vais lambê-la as delicias bem incultas!"
Meu amor, cevo-a tanta carne orlante.
Autor: Lucas Munhoz (Poeta rapaz) - 28/04/2012