A Virgem e os Poetas
 
Ela era o sol, as estrelas, ela era a lua!
Tão linda, meu Deus! Simplesmente
Uma virgem edenizada. E nua,
Ela me era qual uma prenda eloquente.
 
E, os Poetas, a rogavam doidamente:
“Dá-nos, oh, Senhor, e a perpetua
Na tua fragrância divina, e dependente,
Por todos os séculos a nos côngrua!”
 
E eu somente a olhava... Tão desejosa!
Filha dos alfobres, que linda rosa,
A mais bela entre as belas de todo plano!
 
E eu a roguei a Deus: “À alma humana,
Dá-me, oh, Senhor, como profana!
E Ele deu-me a virgem, o meu engano!”
 
(Poeta Dolandmay)



Dolandmay Walter
Enviado por Dolandmay Walter em 28/04/2012
Código do texto: T3638243
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