Das flores que perpetuam

Que as flores perpetuem sobre mim,

amarelas do sol

nos últimos minutos do arrebol

quando a tarde se entrega ao fim.

Que perpetuem o alecrim,

branco de lua

na terra úmida e nua

quando a morte me disser seu inevitável "sim".

Que as águas dos céu reguem

as partículas mortais de meus restos

para que as outras vidas não se enverguem.

Que as flores sejam as setas dos caminhos certos

para meus semelhantes enxerguem

o leito de paz de quem existiu plena, mas foi-lhe exaurido os gestos

Valéria Leobino
Enviado por Valéria Leobino em 28/04/2012
Reeditado em 29/04/2012
Código do texto: T3638008
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