O concreto
De tudo se espera o concreto
Até das ilusões se espera
Ver-lhe o tamanho da cratera
Pois agrada-nos tocar o objeto
Tudo colocamos na esfera
De ter ao menos um real discreto
Para que se possa ter um teto
A nos proteger, do mal, da fera...
As mãos do fugáz querem o tato
O sentimento tê-lo num pacote
Para controlá-lo a dimensão
Uma estante ter no coração
Clareada à luz de um holofote
A nos dizer o que é real de fato...