Divagar
Eu não sei porquê sou tão diferente,
Talvez eu traga em mim tanto sentimento,
Que procedendo sem discernimento
À malícia, fico tão indiferente.
Tenho emoção, também conhecimento,
E experiência possuo; sou carente
Do Amor verdadeiro, e sou incoerente,
Pois de falso comedimento.
Vivo assim agindo como um demente,
Com pensamento sempre delirante
Eu aguardo mudanças na minha mente.
Porém, é uma demora angustiante,
Que eu não estou sentindo vagamente
Pois o ir-vir do tempo torna-se martirizante.