A FITA

Puseste bela fita no cabelo,

bem rosa, contra o negro dos teus cachos...

Depois, tu desdenhaste o meu desvelo:

– Menina, de mim fazes o diacho!

Então foi tudo fita e atropelo,

viraste, de cabeça para baixo,

as pontas dessas fitas. Que novelo!

No meio dessas fitas não relaxo...

E desse olhar maroto que me fita,

entendo que me amarras com teu jeito.

E fazes o que fazes tão direito,

que já não sei se a tira delicada

atrai o meu olhar ou se é cilada

a fita que te torna mais bonita.

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