Belíssimas coisas

Belíssimas coisas

Não acho-te fria muito embora

eu te incomode com esta mania

de meu querer-te para toda hora

para poder cuidar como cuidaria

Um poeta, sua preciosa rima, que já agora

cruza a folha afora como em uma romaria,

e, se eu te abraço, é porque esta frio lá fora

ninguém tomaria conta de ti como tomaria

Um poeta, que te trata com toda liberdade

para poder usufruir do corpo de um plebeu

por que abraçar um corpo é só uma vaidade

Mesmo com tanta oposição entre ti e eu

como, por exemplo, a diferença de idade

tão bélissimas coisas entre nós renasceu

Ernani Blackheart
Enviado por Ernani Blackheart em 26/04/2012
Código do texto: T3635106
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