O povo de Deus.
Em passeata segue o comboio da fé.
Bolhas estouradas, calos machucados.
Sangrando vai cantando, cantando vai andando.
Segue pelo asfalto quente, com a cruz nos braços e a pé.
Não se vê tristeza nestes rostos.
Ou anseio pela chegada.
Só se nota cantares e muitas gargalhadas.
Que felicidade e esta?
E este povo pobre canta à que?
Canta a espera da promessa.
Sabes que no fim à de vencer.
Assim é o cristão, fiel ou beato.
As vezes criticado, as vezes contestado.
Mais povo alegre como este nunca vi.
Nem mesmo em meio aos enriquecidos.