PRELÚDIO DAS FOLHAS SECAS

Manhãs de Abril! Sopra o vento maestrante

Canta a sinfonia de outono, sonata aliciante

Em solfejo mortal de harmonia inebriante

Desnuda os galhos, caem as folhas tremulantes

Iludidas nessa orgia insistem em valsar

O balé clássico que leva suas cores pelo ar

Umas caem na terra, perecem a secar

Outras se dispersam, vão peças água a rolar.

Prelúdio que renova a natureza e o sonho

Secam-se as folhas, a poesia que componho

Em um ciclo sem fim, alegre e tristonho.

Com as folhas se vão meus sonhos e versos

Nesses dias de outono, mostram seus reversos

Morrem e renascem em mágico processo.

Sonia de Fátima Machado Silva
Enviado por Sonia de Fátima Machado Silva em 25/04/2012
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