Angústia (1)
do húmus de teu ser, no qual renasço,
liberta dessas dores, do cansaço
do meu viver incerto e de improviso.
De ti recolho as flores de Narciso
e assim me recomponho, passo a passo,
a palmilhar teu chão, tão fértil e lasso
deixando as minhas marcas onde piso.
Preciso no teu chão deitar raízes
beber das águas tuas - minhas seivas –
senti-las percorrendo as minhas veias.
Se tu me queres muito – como dizes –
põe fim na dor, que a minha vida eiva,
e me sufoca com viscosas teias.
Brasília, 25 de Abril de 2012.
Sonetos diversos, pg. 36
Em resposta ao soneto de Marco Aurélio Vieira
Meu chão
Corcel aprisionado em tuas celas,
sentindo teu calor de sóis ardentes,
feliz, cavalgo a saltos mui potentes
em torno dos limites teus, cautelas...
Mas sangro com as farpas entre dentes,
se tu me faltas para abrir janelas,
se não me vens para acender as velas
das energias minhas, tão dormentes.
Cativo assaz liberto e à mercê
de tua flor de luz, condões, poesias,
cinzelo em tua vida meu porquê...
Preciso deste teu celeste olhar...
De tua boca me ditando os dias...
Preciso de teu chão pra caminhar...
Preciso deste teu celeste olhar...
De tua boca me ditando os dias...
Meu chão, Marco Aurélio Vieira)
Preciso de teu chão, por Deus, precisoDe tua boca me ditando os dias...
Meu chão, Marco Aurélio Vieira)
do húmus de teu ser, no qual renasço,
liberta dessas dores, do cansaço
do meu viver incerto e de improviso.
De ti recolho as flores de Narciso
e assim me recomponho, passo a passo,
a palmilhar teu chão, tão fértil e lasso
deixando as minhas marcas onde piso.
Preciso no teu chão deitar raízes
beber das águas tuas - minhas seivas –
senti-las percorrendo as minhas veias.
Se tu me queres muito – como dizes –
põe fim na dor, que a minha vida eiva,
e me sufoca com viscosas teias.
Brasília, 25 de Abril de 2012.
Sonetos diversos, pg. 36
Em resposta ao soneto de Marco Aurélio Vieira
Meu chão
Corcel aprisionado em tuas celas,
sentindo teu calor de sóis ardentes,
feliz, cavalgo a saltos mui potentes
em torno dos limites teus, cautelas...
Mas sangro com as farpas entre dentes,
se tu me faltas para abrir janelas,
se não me vens para acender as velas
das energias minhas, tão dormentes.
Cativo assaz liberto e à mercê
de tua flor de luz, condões, poesias,
cinzelo em tua vida meu porquê...
Preciso deste teu celeste olhar...
De tua boca me ditando os dias...
Preciso de teu chão pra caminhar...