NAUS

Ora sinto que seguem tão distantes

aquelas minhas belas naus da infância

que foram pelo mar das inconstantes

ondas e se perderam na distância.

Na praia ergui altíssimos mirantes

só para vê-las, contra a rutilância

do horizonte, surgindo triunfantes

depois de tanta espera e vigilância.

Mas vão distantes, num longíquo mar,

as minhas naus, as velas da euforia,

contruídas no instante do sonhar.

E novas naus do peito vão surgindo

com velas brancas e, que todo dia,

vão mostrando que o tempo nunca é findo.

Garça (SP), 22 de abril de 2012.

Fagner Roberto Sitta da Silva
Enviado por Fagner Roberto Sitta da Silva em 25/04/2012
Reeditado em 11/05/2012
Código do texto: T3632347
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