AMOR
Fagner Roberto Sitta da Silva
O amor tornou-se pura rutilância
que presto trouxe luz ao labirinto
e foi secando o musgo do recinto
deixando exposto o chão de minha infância.
O amor tornou-se aos poucos ser faminto
em jardim que requer a vigilância
dos sentidos, e nada de distância,
para que não se torne fogo extinto.
O amor, ventura dos primeiros anos,
mesmo feito de tantos desenganos,
surgiu levando o frio que imperava,
varreu de novo essa completa ausência,
tal como aquele amor da adolescência:
bela chama que sempre renovava...
Garça (SP), 23 de abril de 2012.