Acordei c’as mãos molhadas de chuva...
Tateei lembranças da noite que turva...
E, o meu olhar s'entregou ao vicejar
A cortina do tempo na sala de estar!...
Hoje, só por hoje, acordei sem chorar...
E, a Lua, ainda estava lá, a espiar...
Os meus olhos negros; não naufragar...
Vulnerável pressentia o descortinar!
Deste labirinto insólito que flutua...
O fim, talvez, afinal, que preceitua...
Incólume sob decepção que extua!
Nas miríades do palco que se atua...
Indelevelmente exposta; toda nua...
Na calçada da fama que s'insinua!