Amar
Amar é ver estrelas sem ver céu,
pisar no etéreo véu das mil quimeras,
sentindo a luz de eternas primaveras
ser prisioneiro, sem ter sido réu;
é cavalgar no lombo de um corcel
no chão das ilusões. Sentir, deveras,
a força da poesia de outras eras
na voz do trovador, do menestrel.
Viver sentindo n’alma o mundo inteiro,
ser barco em alto mar, sem ter barqueiro
e nele mergulhar, sem peias, medos.
Voar sem asas, sem eira nem beira,
ser ar e terra, espinhos e roseira,
sonhar pisando farpas de penedos.
Brasília, 24 de Abril de 2012.
Livro: Sonetos Diversos, pg. 103
Amar é ver estrelas sem ver céu,
pisar no etéreo véu das mil quimeras,
sentindo a luz de eternas primaveras
ser prisioneiro, sem ter sido réu;
é cavalgar no lombo de um corcel
no chão das ilusões. Sentir, deveras,
a força da poesia de outras eras
na voz do trovador, do menestrel.
Viver sentindo n’alma o mundo inteiro,
ser barco em alto mar, sem ter barqueiro
e nele mergulhar, sem peias, medos.
Voar sem asas, sem eira nem beira,
ser ar e terra, espinhos e roseira,
sonhar pisando farpas de penedos.
Brasília, 24 de Abril de 2012.
Livro: Sonetos Diversos, pg. 103