Lamento (2)
Edir Pina de Barros
No rancho de sapé, de chão batido
com seu quintal em flor, à beira rio,
ouvindo o doce canto do Gentio,
eu fui feliz demais, não hei sofrido.
Da rede, no meu canto preferido,
ficava a descansar, horas a fio,
jamais sentindo na alma dor, vazio,
profundo tédio, intenso e desmedido.
Distante, nesta casa grande e bela,
eu sei que nem pareço mais aquela
alegre e palpitante bailarina.
Aqui não tenho paz, felicidade,
e sei que nesta vida ninguém há de
curar-me desta dor que me amofina.
Brasília, 24 de Abril de 2012.
Poesia das Águas, pg. 83
Edir Pina de Barros
No rancho de sapé, de chão batido
com seu quintal em flor, à beira rio,
ouvindo o doce canto do Gentio,
eu fui feliz demais, não hei sofrido.
Da rede, no meu canto preferido,
ficava a descansar, horas a fio,
jamais sentindo na alma dor, vazio,
profundo tédio, intenso e desmedido.
Distante, nesta casa grande e bela,
eu sei que nem pareço mais aquela
alegre e palpitante bailarina.
Aqui não tenho paz, felicidade,
e sei que nesta vida ninguém há de
curar-me desta dor que me amofina.
Brasília, 24 de Abril de 2012.
Poesia das Águas, pg. 83