LOBINHOS HUMANOS
O lobo solitário que a fêmea fareja
No alto penhasco, de cima vasculha o vale,
sereno, em silêncio, sem que a paixão o abale,
Ainda que a linda loba, quiçá, bem o veja.
O seu corpo no cio, ainda que o uivo se cale,
exala o cheiro macio, que o olfato festeja.
Bem longe a sabe a mente, mas a alma a deseja
Quando de meigos mimos ela veste o xale.
São assim as almas pelo amor atraídas,
Co’arrepios na derme, sentem meiguras,
Pousam nos lábios da alma e se fazem queridas.
E o lobo extasiado, uma prece murmura.
Pensa e repensa o passado; os acres da vida,
Quando ouve enlevado o apelo do amor ternura.
210412
O lobo solitário que a fêmea fareja
No alto penhasco, de cima vasculha o vale,
sereno, em silêncio, sem que a paixão o abale,
Ainda que a linda loba, quiçá, bem o veja.
O seu corpo no cio, ainda que o uivo se cale,
exala o cheiro macio, que o olfato festeja.
Bem longe a sabe a mente, mas a alma a deseja
Quando de meigos mimos ela veste o xale.
São assim as almas pelo amor atraídas,
Co’arrepios na derme, sentem meiguras,
Pousam nos lábios da alma e se fazem queridas.
E o lobo extasiado, uma prece murmura.
Pensa e repensa o passado; os acres da vida,
Quando ouve enlevado o apelo do amor ternura.
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