Inverso
Os dias de luz me passam, condenados,
Na tranquila vida que me veem sorrir;
Ilusões de olhos negros e afortunados
Que me põem há um santo dia destruir...
Luminar, e, contudo, em versos partir!
Assim me veem os aventurados...
Na noite fria, à lua branca, desalentado,
Assim me veem os que se julgam elixir...
Que o tempo te consuma ardor! N’alma,
Que o sol te feche! E, na calma,
Que não te cerre os distúrbios de amor!
E os dias que te forem santos, sem luz,
Que abram os meus braços sobre a cruz,
Que lhes veem, oh, vida, seu esplendor!
(Poeta Dolandmay)
Os dias de luz me passam, condenados,
Na tranquila vida que me veem sorrir;
Ilusões de olhos negros e afortunados
Que me põem há um santo dia destruir...
Luminar, e, contudo, em versos partir!
Assim me veem os aventurados...
Na noite fria, à lua branca, desalentado,
Assim me veem os que se julgam elixir...
Que o tempo te consuma ardor! N’alma,
Que o sol te feche! E, na calma,
Que não te cerre os distúrbios de amor!
E os dias que te forem santos, sem luz,
Que abram os meus braços sobre a cruz,
Que lhes veem, oh, vida, seu esplendor!
(Poeta Dolandmay)