Soneto Azul
Soneto Azul
Iemanjá,caprichosa,pelo mundo volitava,
pois procurava o filho Mar;pelos distantes
continentes,vãos lugares e a todos perguntava;
mostrei-lhe meu Rio Grande,leito de gigantes.
À Rio Grande ela acorreu o quanto antes
e o Mar aqui estava,luarejado;dormitava
feliz por sobre as praias,como infante
e nesse azul Iemanjá adengava e agraciava.
Ao acordá-lo, ele sorria e outra vez sonhava
com as areias peroladas;aqui nascera
e respondia:Mãe,estou em minha querência!
E abrindo o manto disse a Mãe faceira:
filho,em Rio Grande está o Mar que eu buscava;
é nesse colo que te quero em minha ausência!