A Balada do Amor Inabalável
Quando de teu amor sou convencido,
Por mil motivos me acho acalentado:
E em tudo quanto o tenho usufruído,
Que estou, em devoção, enamorado!
Sabido desse amor, eu já sofrido,
Eu já cego, eu já surdo, eu já calado;
Eu já tudo, que mesmo acostumado,
Eu quase nada, e nunca arrependido!
E sempre em teu amor me fui atado,
Que nunca, e sem razão, me fui contido,
Enquanto amor houvesse, enquanto o amor...
Não que me importe tê-lo em vão contente,
Posto que eu, nesta vida — descontente,
Por ele irei morrer quando me for!...