OLHAR INTRANSIGENTE
OLHAR INTRANSIGENTE
Sobrou-me tão pouco da sagrada inocência,
Que quase nada faço sem crivos de censura.
Pago o preço da razão e perco desenvoltura,
Ou me faço um mago e escalo a ascendência.
Quando penso que posso, batalho e consigo.
Preso à regras antigas não descubro o novo,
Se limitado pela lógica sou mais um do povo.
Mas livre do preconceito, o céu é meu abrigo.
Pra sair da mesmice, é só copiar da natureza,
O seu poder criativo nos diversos ambientes.
Do detalhe duma flor as cores do Sol poente.
Mergulhar nos sonhos, vivenciando a pureza,
Permite desenvolver de forma surpreendente,
O que será impossível, ao olhar intransigente.