Sangria
E que se apague a chama desse amor,
que, em si, se esvaia todo, em vã sangria,
que morra, na minha alma, em nostalgia,
silente, sem um ai, qualquer tremor.
Que perca a sua graça e o seu olor,
que acabe, dentro em mim, o amor que eu cria
ser, entre todos, minha luz, poesia,
o meu devir, do mais puro esplendor.
Que morra! E morra sem um só suspiro,
pois nada neste mundo quero, aspiro,
além da paz, silêncio, solitude.
E nada sobreviva dessa chama,
e o grande amor se torne pó ou lama,
porque viver, tão vero amor, não pude.
Brasília, 18 de Abril de 2012.
Seivas d'alma, pg. 46
E que se apague a chama desse amor,
que, em si, se esvaia todo, em vã sangria,
que morra, na minha alma, em nostalgia,
silente, sem um ai, qualquer tremor.
Que perca a sua graça e o seu olor,
que acabe, dentro em mim, o amor que eu cria
ser, entre todos, minha luz, poesia,
o meu devir, do mais puro esplendor.
Que morra! E morra sem um só suspiro,
pois nada neste mundo quero, aspiro,
além da paz, silêncio, solitude.
E nada sobreviva dessa chama,
e o grande amor se torne pó ou lama,
porque viver, tão vero amor, não pude.
Brasília, 18 de Abril de 2012.
Seivas d'alma, pg. 46