"NADA MAIS A FAZER"
Não pode haver mais engano:
Se as estações não dizem mais nada,
Se não há mais luz no fim da estrada,
Se não há mais o amor por debaixo do pano...
Que não se tenha mais ilusão:
Pois, ou se morre de sede, ou então afogado,
Pois o calor já é algo incontrolado,
Pois tudo é inconstante. Já não existe a razão...
Que não se busque mais em esperança:
Já que o mundo não percebeu o valor da criança,
Já que a briga pela paz tornou o resto irreal...
Que não se espere outros dias do amanhã:
Porquanto isso ficará somente no afã,
Porquanto já se confirma dos tempos o final...
(ARO. 1992)
Não pode haver mais engano:
Se as estações não dizem mais nada,
Se não há mais luz no fim da estrada,
Se não há mais o amor por debaixo do pano...
Que não se tenha mais ilusão:
Pois, ou se morre de sede, ou então afogado,
Pois o calor já é algo incontrolado,
Pois tudo é inconstante. Já não existe a razão...
Que não se busque mais em esperança:
Já que o mundo não percebeu o valor da criança,
Já que a briga pela paz tornou o resto irreal...
Que não se espere outros dias do amanhã:
Porquanto isso ficará somente no afã,
Porquanto já se confirma dos tempos o final...
(ARO. 1992)