A droga assassina.
Tomo um café sem açúcar e bem amargo...
Pergunto à minha gata o porquê da vida ter o mesmo gosto.
Entretanto, a gata solta um miado que trago
Como palavras que suavizam o meu desgosto...
Miau, miau, mia a gata e eu tranquilamente sinto a cafeína,
Mas há uma melancolia a combater essa substância,
Que tão logo tomo e logo penso em morfina,
Ou cocaína, ou outra droga que nunca tomei nem na infância...
Mas logo vejo notícias no jornal de crianças assassinas.
São crianças que usam morfina ou cocaína,
Pois assim sentem o que todos sentem sem exceção...
É uma droga não poder escolher a minha cina,
Pois logo vejo que tudo o que sinto acena
Para uma realidade ou sensação humana, quem sabe ilusão...