Soneto do Viver
Como a Pluma (que vai caindo à Graça)
Entregue ao Vento (errante Imperador),
Passando entre Suspiros vis d'Amor...
Esta Vida acontece e se faz lassa.
Se se visse que a Vida sempre passa;
Se se ouvissem seus brados de terror;
Não perder-se-ia já seu Resplendor...
E dir-se-ia qu'o Eterno ela perpassa.
Mas se passa... Mais curta ela se faz!
Se curta... Engrandecida ela há de ser!
D'entre tormentas... Busca-se ter Paz...
O Tempo, maior medo do viver,
Da Vida é servo... Súdito sequaz...
Enquanto a Pluma o chão logo há de ter!
*Decassílabos no ritmo heroico
16/04/2012