TEMPO, MEU TEMPO

Deixem-me viver o tempo, meu tempo

Desses que correm para um lugar qualquer

Deixem-me viver como eu bem quizer

De forma travessa, sem censura, desatento.

Deixem-me agarrar o tempo, meu tempo

Esse mesmo que me escapa entre os dedos

Deixem-me viver a ilusão de meus medos

De forma infantil, sem pressa, sem tormento.

E assim viver senão o tempo, meu tempo

Que passa por mim sem avisar, apressado

E termina em algum muro de lamento.

Que fazer então desse tempo, meu tempo

Que ignora meu inconstante caminhar

E os sonhos, muitos, que acalento.

Sonia de Fátima Machado Silva
Enviado por Sonia de Fátima Machado Silva em 16/04/2012
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