REMINISCÊNCIA

Pela manhã, os campos são mais belos,

a brisa é fresca e o sol ainda não arde.

O dia cresce vai fazendo alarde

e sob o céu, a vida tece anelos.

Meio do dia! Justo para a tarde,

lá vai o tempo – faço meus castelos.

Assisto ao longe rápidos duelos;

não vejo em mim razão de ser covarde.

Boca da noite! Súbito, o poente.

A luz recolhe a sua cor dourada:

–minha janela já contempla a lua.

Quiçá amanhã, no leito indiferente,

venha a lembrar do quanto tu me agradas...

– Entanto uma saudade se insinua.

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