Soneto 151: Calo-me, diante de ti!
Calo-me, diante do que disseste,
Diante de tudo que não foi dito,
Calo-me, ao ver que nada me deste,
Este amor que não foi tão bonito!
Calo-me, diante de tal incerteza,
Que só me deixou uma dor, um grito,
Calo-me, ao ver-te com certeza,
Meu amor por ti é sim, quão infinito!
Calo-me, diante da tua beleza,
De tão lindo ser, ora então fito,
Calo-me, ao ver a tua grandeza,
E saber de ti, que és meu, acredito!
Calo-me, diante deste meu e teu amor,
Ao perceber, o quanto já se fez dor!
© SOL Figueiredo
15/04/2012 – às 08:51h