Eremita
A proveniência da violeta que brota
na terra plena desse charque
- húmus do vaso, do vale, do parque... -
é tua jóia rara, mas não te importas.
Renegas, tão casta, a chave da porta
por onde um raio virá enamorar-se
sob a lua sorrindo do teu sutil disfarce.
Mas é vão; todavia não te suportas.
Sequer a carne que desejas
- um doce licor de cerejas -
não verás na boca qual sabor
da taça, quando tinge e evapora
- mel, néctar, quem sabe se amora...
Qual lábio provará deste amor?
A proveniência da violeta que brota
na terra plena desse charque
- húmus do vaso, do vale, do parque... -
é tua jóia rara, mas não te importas.
Renegas, tão casta, a chave da porta
por onde um raio virá enamorar-se
sob a lua sorrindo do teu sutil disfarce.
Mas é vão; todavia não te suportas.
Sequer a carne que desejas
- um doce licor de cerejas -
não verás na boca qual sabor
da taça, quando tinge e evapora
- mel, néctar, quem sabe se amora...
Qual lábio provará deste amor?