REESCREVAM AS PROFECIAS
REESCREVAM AS PROFECIAS
O homem tem tanta pressa, que até o fim,
Antecipa compulsivamente, lendo profecias,
Que não dizem com clareza o quê, ou o dia,
Aguarda engatilhado pra acender o estopim.
Os Maias se vão, o calendário é consumado.
Apocalipse se repete, e o povo não percebe,
Quando as alegorias, para um fato, procede,
Na linguagem vivida, no tempo programado.
O fogo queima esperanças e a vida se reduz.
As águas impróprias não matam nossa sede;
Queimamos as florestas e a ama seca o leite.
Amor é degolado e as paixões apagam a luz;
A esperança por votos, é servida com azeite;
O dinheiro governa e estadistas são enfeites.