TESTAMENTO CERRADO

Deixo lágrimas sobre a mesa,

Folhas mortas em meus jardins,

Junto às rosas hoje secas,

Qual tudo dentro de mim.

Deixo toda essa saudade presa,

Que antes não tinha fim,

Hoje mera fenda da represa,

Morta, qual tudo em mim.

Deixo os corredores frios,

Que sempre me foram desafios,

Percorrê-los sem ti.

Deixo um sopro, resto dos sussurros,

De um amor em seu último urro,

Que morto... Insiste em existir.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 12/04/2012
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