Eu não sei fazer sonetos

Escreveria sonetos se soubesse,

Mas agora confesso o meu defeito,

Nunca tive sucesso neste feito.

Se bem que o erro, é o que eternece.

Eu colho o verso errôneo, minha messe,

Sem ter qualquer vanglória pelo efeito

Da praga: rima sóbria, sem conceito,

Que mata minha idéia, que emurchece.

O mundo de dez sílabas, heróico,

Poda e limita a ébria letra lírica

Do ceifador que é jovem simplório.

E de um homem tépido e estóico,

Olvidado da sábia flor onírica,

O soneto será pai obrigatório.

Dianaluz
Enviado por Dianaluz em 27/01/2007
Reeditado em 27/01/2007
Código do texto: T360693
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.