DECEPCIONADO
Fechou sua janela, estava cheio
Queria descansar de tanto tédio
Achou no seu criado o seu remédio
Tomou já logo dois, sem um rodeio.
Deitou olhando a lâmpada no teto
E logo silenciou sem dar vexame
Dormiu profundamente e um sonho infame
Tragou sua esperança e seu dialeto.
A musa que sonhava virou pó
E a coisa mais horrível ele sentiu
Ao ler aquelas linhas malfadadas.
A vida nunca foi conto de fadas
O mundo era um lugar feio e hostil
Melhor sumir, lembrar só do TOTÓ!