DECEPCIONADO

Fechou sua janela, estava cheio

Queria descansar de tanto tédio

Achou no seu criado o seu remédio

Tomou já logo dois, sem um rodeio.

Deitou olhando a lâmpada no teto

E logo silenciou sem dar vexame

Dormiu profundamente e um sonho infame

Tragou sua esperança e seu dialeto.

A musa que sonhava virou pó

E a coisa mais horrível ele sentiu

Ao ler aquelas linhas malfadadas.

A vida nunca foi conto de fadas

O mundo era um lugar feio e hostil

Melhor sumir, lembrar só do TOTÓ!

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 09/04/2012
Código do texto: T3603784