CAUTA

Por um momento corro esse perigo

Mas mudo logo, enfrento a tentação

Pois não concebo um caso assim, comigo

E ao sonho tolo, arranco logo o chão.

Por um momento, sofro em desatino

Mas logo, logo, encontro a solução

Enfrento as garras do que é destino

Decido eu, qual rumo e a canção.

Não me permito ser domada eu rio

Do meu azar e forjo de antemão

A decisão sobre o que é bom. Me apraz...

Embora sofra e até me falte a paz

Jamais me perco numa ilusão

Desta armadilha, vivaz, me desvio.

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 09/04/2012
Reeditado em 09/04/2012
Código do texto: T3602667