AQUELA MULHER


Atrás do meigo olhar brejeiro, um anjo atua
no império de valores, a doce guerreira;
navega da vida o solitário veleiro,
não brinca em serviço e não fere e não se amua.

Seu tempo integra, simples sendo e hospitaleira,
Seu passeio favorito é ao palor da lua.
Se me vê, acena com beijos, mesmo na rua,
E eu, com ganas de voar-lhe aos braços, faceiro.

Mas essa mulher, a mulher tão complacente,
Ama-me pelo que sou, segue o meu caminho,
Provando que, sendo sóbria, pra mim não mente.

Não se importa que não venha em traje de linho;
Quer simnplesmente que eu seja probo e decente
Só quer amor, muita ternura e carinho.

Afonso Martini – 080412



Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 09/04/2012
Reeditado em 02/06/2012
Código do texto: T3602326
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