Soneto ao Após

palavra que sinto quando me esqueço

o que é que de ti lembrar-me te faz?

água que alonga ao instante fugaz

nada que traga o meu não ao avesso

seja comigo ao altar do teu preço

verbo-destino que segue-me atrás

silêncio que os muros quebra do mas

sonata que cala ao som do que esqueço

ah se eu corresse em teu rio sempre em chama

íris que fosse no som desta voz

braço sanguíneo que se ergue da lama

verso de nunca que se alta no após

ah se teu quem fosse o onde me chama:

deixa esquecer-me e lembrar-te entre nós...

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Alessandro Reiffer
Enviado por Alessandro Reiffer em 09/04/2012
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