Soneto ao Após
palavra que sinto quando me esqueço
o que é que de ti lembrar-me te faz?
água que alonga ao instante fugaz
nada que traga o meu não ao avesso
seja comigo ao altar do teu preço
verbo-destino que segue-me atrás
silêncio que os muros quebra do mas
sonata que cala ao som do que esqueço
ah se eu corresse em teu rio sempre em chama
íris que fosse no som desta voz
braço sanguíneo que se ergue da lama
verso de nunca que se alta no após
ah se teu quem fosse o onde me chama:
deixa esquecer-me e lembrar-te entre nós...
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