Minha Amada...
Minha amada, contempla quanto mal;
Fez tua indiferença ao meu amor.
Já murchou deste campo cada flor,
Pois, com pranto, afoguei a terra em sal.
Contempla este vil fumo lacrimal;
Que exala desta terra em atro horror;
Tingindo o céu de túrbido negror;
- Tão díspar de teu rosto angelical.
Contempla com mor tento o quanto chora;
O céu, que mais não vê a luz d'aurora;
E sofre com meu negro pessimismo.
Minha amada, ora vê meu triste rosto,
Olha meus olhos fartos de desgosto;
E contempla o infinito atroz do abismo!