FRAGMENTOS DE UM AMOR.
soneto-99.


Nos fragmentos de um amor que não vivi,
E nas loucuras da paixão que não vingou,
Qual forasteiro essa estrada eu percorri,
Em desatinos de um sonho que passou.

Corrói-me o íntimo de meu ser essa agonia,
As lembranças me são as flechas ferinas,
Em desalento ronda-me a melancolia,
Por longas horas essa sombra me amofina.

Tanto contratempo confunde o coração,
Despedido nas infidelidades da paixão,
Como quimera que parecia ser real.

Hoje visíveis esses delicados fragmentos,
Cicatriz desse amor que se foi há tempos,
Um alucinógeno absorvido em via oral.

Cosme B Araujo.
08/04/2012.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 08/04/2012
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