Flor do mal
Tristura que minha alma assim tortura,
perdura a dor - que nela se decanta –
e planta, no jardim de terra dura,
a escura flor do mal, que o amor espanta;
implanta dentro em mim essa amargura,
tritura a paz interna, sacrossanta,
tanta tristeza, tanta desventura,
fratura o sonho, o ser se desencanta.
Garganta seca! O breu da noite escura,
amura a alma em dor, que se aquebranta,
a sacripanta flor medonha e impura.
Agrura e fel! E nada me acalanta!
Quanta agonia! Rouba-me a candura
obscura flor do mal, que se agiganta.
Brasília, 7 de Abril de 2012.
Seivas d'alma, pág. 105
Tristura que minha alma assim tortura,
perdura a dor - que nela se decanta –
e planta, no jardim de terra dura,
a escura flor do mal, que o amor espanta;
implanta dentro em mim essa amargura,
tritura a paz interna, sacrossanta,
tanta tristeza, tanta desventura,
fratura o sonho, o ser se desencanta.
Garganta seca! O breu da noite escura,
amura a alma em dor, que se aquebranta,
a sacripanta flor medonha e impura.
Agrura e fel! E nada me acalanta!
Quanta agonia! Rouba-me a candura
obscura flor do mal, que se agiganta.
Brasília, 7 de Abril de 2012.
Seivas d'alma, pág. 105