Por que, Senhor?

Me perdoa, Senhor! Não merecias

Ter teu sangue jorrado sobre u’a cruz,

Tal infame bandido, onde gemias

Pela dor de pecados, ó Jesus!

Sim. Fizeste o querer do Pai dos Céus.

Porém nada suplanta amor de filho!

Entregá-lo à vil morte entre dois réus,

Humilhado, açoitado e maltrapilho,

À justiça que falha e é assaz corrupta,

Que as mãos lava ao agir covardemente...

Haverá outra cena mais abrupta?

No holocausto, há um povo indiferente...

Que a sujeira de u’a vida podre e bruta,

É lavada no sangue de um inocente!

***

Maria de Jesus Fortaleza, 07/04/2012.

Maria de Jesus
Enviado por Maria de Jesus em 07/04/2012
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