NÃO HÁ NOVAS...

Velhas formas de dizer saudade,

Mesmos gestos a falar de amor,

Mas, quando a ausência invade,

Revelo sempre uma nova dor.

Não há água nova nesse rio vão,

Pontes de mera íris arquitetura,

No correr dos olhos pura solidão,

A rolar no rosto sal e mel, mistura.

Somando todas antes desventuras,

Dores que marcam em carne crua,

Crescente patrimônio desse coração.

Porão de coisas inúteis que guardo,

Mundo que crio e sempre aguardo,

Uma nova lua velha de pura escuridão.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 07/04/2012
Código do texto: T3599186
Classificação de conteúdo: seguro