HOLOCAUSTO SAGRADO
Medito em tua morte sobre a cruz
E tento decifrar teu sofrimento
Teu ato tão extremo me seduz
Me vejo em teu lugar por um momento.
Quem dera tanto amor que em ti reluz
Fizesse-me espelhar tua grandeza
Mas frágil, tenho medo e faço jus
Aos risos de quem vê minha tristeza.
Imploro então à tua realeza
Que venha alimentar-me a tua força
E abrace-me a graça do teu feito.
Quisera, como tu, ser bom, perfeito
Mas clara fica a minha vil fraqueza
Olhando-te na cruz, vejo a nobreza!