SONETO À PAIXÃO
Ainda pendurado no madeiro
Sabendo que sua hora chegava
Ele que também era humano,
E como ser humano. Vacilava?
“Pai, por que me abandonastes"?
Dizia aos céus em sua agonia
Não era ao martírio, entretanto
Ao que ele se referia.
Sabia que era mais forte
E que venceria a morte
Na verdade o que o entristecia
Era saber que ainda precisaria
Voltar a esse mundo algum dia
Para tornar a mostrar-nos o norte.
(Sexta feira, 6.4.2012)