A REVOLTA DAS PALAVRAS

Velhas palavras, tolas, sem juízo!

Embaralharam todos os sentidos

e, com uma etiqueta de: – “imprecisos”,

largaram num acervo, reunidos...

Sem mais, perdi a fé no paraíso

e fui juntar-me a outros desvalidos.

Dizer coisa com coisa é o que preciso!

– difícil é achar quem dê ouvidos.

Em meio à confusão que isso provoca,

os fatos errarão por si, sem volta.

A voz e a pena escondo numa toca.

Enquanto me distraio, uma se solta,

sem dar valor algum ao que desloca,

levanta uma bandeira e se revolta.

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