Soneto IV
Palavras; é melhor viver sem elas,
Ou conviver com a contradição.
Deveras ser esta minha missão?
Ou será prole de engenho de trevas!
Oh! Samael! Inocula nas Artes,
És florescência dos bosques das letras;
E minhas palavras engulo inteiras,
Que vomitadas prosaicas nas tardes.
És a nobreza da simplicidade,
Voando incerta por ares amoenus,
És casta filha da vulgaridade.
Não coro que deploro seus grudentos,
Versos sedentos de fraternidade,
Porque fraternos não são seus inventos.