"ESCRITO NAS ESTRELAS"

                             

E o Meritíssimo Juiz bate o martelo imparcial
Ordenando o cumprimento numa decisão consciente
De um corpo de jurados desconhecido dessa gente
Num processo que arrolou a trilogia universal.

Alguém perde, enquanto outro ganha a batalha,
E a justiça esclarece o porquê ter os olhos vendados
Ao julgar uma situação sem perguntar ao interessado
Maior da discussão se lhe agradaria ser mortalha.

Enquanto uns dizem ser destino da pobre criança
Que já nasceu pra sofrer, pois é essa sua herança
Contradizendo a quem se farta de filosofias discutíveis.

Pobre ser humano que já veio à vida marginalizado
Pelos próprios pais que o tornaram um bem disputado,
E como tal, um dia há de tornar-se também insensível.
(ARO. 1994)


Profaro
Enviado por Profaro em 05/04/2012
Reeditado em 10/04/2012
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