"RECEIO MORTAL"
Ilhado pelo medo persistente,
Acorrentado ao mundo pelos pés,
Vida torturada, vida ausente,
Vida em sonho pelo revés.
Um sorriso, um abraço,
Um alô, ou mesmo um olhar...
Nada, apenas um vazio espaço.
Tudo era sombrio de se notar.
Flores sem perfumes, irreal.
Ninguém por perto, vou vagando...
Será que estou sonhando?
Mas o receio maior, mortal,
Era não o sonho, mesmo forte,
Era o de estar possuído pela morte!...
(ARO. 1999)