TEUS SONETOS
Jacqueline K. Audrey
Na curva do pescoço um verso escreves,
Em rimas de dentadas e gemidos...
No vale dos meus seios são sentidos
teus lábios como brasas, mas tão leves!...
E aqueces, como o Sol que beija a neve,
meu corpo, com tua flecha de Cupido!
E o mais belo soneto em ti contido
explode nas estrofes que te atreves
A declamar no leito da mi'a morte!...
Eu sinto o coração batendo forte
e morro de demência satisfeita...
Teus versos 'inda ecoam na garganta!...
E nesta inspiração mais te agigantas
Em rimas, que na minha carne deitas!
EM TEU SONETO
Marco Bastos
Na lua do soneto em que me deito
soneto que te crava mil palavras
te sinto a pulsar dentro do peito
nas águas onde lavas tuas lavras
em doce marulhar soneto feito
teus versos se enroscam em letras bravas
tu dizes 'mesmo assim', bem desse jeito
como diz a que goza e manda às favas
quisera ser poeta em noite escura
te ver num estrelar de céu de estrelas
beber na tua língua - sal - lonjura
as letras que tu escreves, volto a tê-las
para curar do escuro a que me cura
o corpo ao navegar meu mar de velas.
Estrela e lua
Edir Pina de Barros
Quisera ser a rede em que te deitas,
a vida que reside nos teus beijos,
razão de teu viver, dos teus desejos,
o rio em que te banhas e deleitas.
Quisera ser as rimas mais perfeitas
dos teus sonetos belos e sobejos,
ser o caminho de teus pés andejos,
a eleita, entre todas as eleitas...
Quisera ser, confesso, estrela e lua
no céu de tuas carnes palpitantes
despida de pudores, sensatez.
E sobre as minha tez despida e nua,
riscasses, com teus beijos suplicantes,
o poema que ninguém ainda fez.
Brasília, 05 de Abril de 2012.
Pura chama, pg.69
Jacqueline K. Audrey
Na curva do pescoço um verso escreves,
Em rimas de dentadas e gemidos...
No vale dos meus seios são sentidos
teus lábios como brasas, mas tão leves!...
E aqueces, como o Sol que beija a neve,
meu corpo, com tua flecha de Cupido!
E o mais belo soneto em ti contido
explode nas estrofes que te atreves
A declamar no leito da mi'a morte!...
Eu sinto o coração batendo forte
e morro de demência satisfeita...
Teus versos 'inda ecoam na garganta!...
E nesta inspiração mais te agigantas
Em rimas, que na minha carne deitas!
EM TEU SONETO
Marco Bastos
Na lua do soneto em que me deito
soneto que te crava mil palavras
te sinto a pulsar dentro do peito
nas águas onde lavas tuas lavras
em doce marulhar soneto feito
teus versos se enroscam em letras bravas
tu dizes 'mesmo assim', bem desse jeito
como diz a que goza e manda às favas
quisera ser poeta em noite escura
te ver num estrelar de céu de estrelas
beber na tua língua - sal - lonjura
as letras que tu escreves, volto a tê-las
para curar do escuro a que me cura
o corpo ao navegar meu mar de velas.
Estrela e lua
Edir Pina de Barros
Quisera ser a rede em que te deitas,
a vida que reside nos teus beijos,
razão de teu viver, dos teus desejos,
o rio em que te banhas e deleitas.
Quisera ser as rimas mais perfeitas
dos teus sonetos belos e sobejos,
ser o caminho de teus pés andejos,
a eleita, entre todas as eleitas...
Quisera ser, confesso, estrela e lua
no céu de tuas carnes palpitantes
despida de pudores, sensatez.
E sobre as minha tez despida e nua,
riscasses, com teus beijos suplicantes,
o poema que ninguém ainda fez.
Brasília, 05 de Abril de 2012.
Pura chama, pg.69