Teu Sono
Quando dormes, eu vejo em tua face
a sombra de um sorriso permanente,
como se o pensamento então vagasse
por mil lugares alegres, diferentes.
Temho que confessar: sinto ciúme,
inveja de não poder estar contigo,
restando a consolar-me só o perfume
que fica aqui no ar, e onde me abrigo.
Tenho pena, pois sei que ao despertar
outra vez longe de mim tu vais ficar
e o sorriso ao rosto sério vai ceder.
E eu vou seguir, sozinho, e esperando
o momento tão mágico de quando
voltares outra vez a adormecer.